Fonte: Kotaku (ENG)
Por Jason Schreier
Você já deu uma olhada naquele jogo do Vita? Você sabe - aquele spinoff de segunda classe de alguma grande série?
Talvez Call of Duty: Declassified, que no momento detêm uma gritante média de 32% no Metacritic? Ou Uncharted: Golden Abyss, um jogo que nosso Kirk Hamilton chamou de "uma versão capada dos Uncharteds que a maioria das pessoas já jogou"? Que tal Resistance: Burning Skies, que o chefe da Kotaku, Stephen Totilo, chamou de "um first-person shooter novo que não tem desculpas para sua mediocridade"?
Se você já viu algum comercial do Vita, provavelmente já ouviu o grande Slogan da Sony. "Tenha a experiência de um console com o PlayStation Vita". Não é um mau ponto de venda, e talvez o Vita realmente ofereça jogatina com qualidade de console. Mas ele com toda certeza não oferece jogos com qualidade de console.
O poderoso portátil da Sony já esta por aí há quase um ano e a melhor arma em seu arsenal é Persona 4 Golden, um remake lançado em 2012 de um jogo de PlayStation 2 de 2008 - um excelente jogo de PlayStation 2, mas ainda assim um jogo de PlayStation 2. Os outros grandes jogos do Vita, apesar de bons, dificilmente seriam os "killer-apps" que a Sony precisa tão desesperadamente. Eles não são nem de perto tão variados ou profundos como as experiências que você pode conseguir em seu Xbox 360 ou PlayStation 3. E o grande destaque de outono do Vita, PlayStation All-Stars, também esta disponível para o PS3.
Quando pergunto a amigos e colegas o que eles jogaram no Vita recentemente, normalmente eles respondem que A. "Ah, eu não tenho um Vita." ou B. "Ah, você sabe: jogos de PSP e antigos clássicos do PlayStation que eu sentia falta."
Nove meses de vida, e o Vita é uma máquina para se jogar PSP, PS1 e PS2. Será que isso realmente justifica o preço de 250 dólares?
O portátil da Sony virou uma espécie de piada pronta da indústria dos games, basicamente porque a Sony fez um ótimo trabalho para estragar a máquina. O que é uma pena. Eu realmente gosto do aparelho. Pode não ser o dispositivo mais ergonômico do mundo - tente segurar o Vita por um longo período de tempo e seus dedões começarão a te odiar - mas é sofisticado, bonito e poderoso. A interface de usuário é ótima, as funcionalidades online são bem desempenhadas e eu amo a capacidade de jogar jogos de PS1 e PSP em qualquer lugar. Como o fã de RPGS e jogos japoneses de nicho, eu tinha grandes esperanças de que o Vita continuaria o sucesso do PSP e se tornaria uma plataforma para jogos experimentais, peculiares.
Mas ele não se tornou. Ninguém esta comprando o novo sistema da Sony, nem mesmo no Japão, onde o Nintendo 3DS vendeu cerca de 47 vezes mais. Por causa disso, desenvolvedores estão fugindo. O Vita esta afundando, e isso é tudo culpa da Sony.
O maior problema é que o Vita virou uma espécie de depósito para jogos ruins, o lugar para se despejar versões apressadas, mal-feitas de franquias AAA como Uncharted e Call of Duty. Esse ano, a Sony inconscientemente cultivou a mentalidade de que um sistema portátil é para spin-offs de segunda qualidade - uma reputação que ela terá que passar os próximos anos tentando se livrar. Até as versões portátes de Assassin's Creed e LittleBigPLanet - considerados por críticos jogos sólidos - não possuem nada de diferente ou especial ou ótimo o suficiente para fazer o Vita valer a pena. Nenhum deles é melhor que seus equivalentes para consoles. Nenhum deles faz o Vita parece mais do que um sistema de segunda-classe.
Mas este não é o único problema. A Sony também foi vítima de sua própria ganância.
Semana passada, a Amazon fez uma oferta que poucos pensariam ser irrecusável: você poderia conseguir o sistema portátil, Assassin's Creed: Liberation e acesso por tempo limitado ao fantástico PlayStation Plys por apenas 180 dólares. E, um cartão de memória de 4 GB.
Sim, quatro gigabytes. Ou 4,000 megabytes. Persona 4 Golden, caso esteja se perguntando, possui 3,137 megabytes. Se você realmente pretende baixar jogos ou outras mídias em seu Vita - e você deveria, porque ele é uma plataforma construída para o consumo de conteúdo difital - você precisará de bem mais espaço do que isso.
O maior cartão de memória disponível para o PlayStation Vita no momento tem 32 GB. Ele te custará 100 dólares.
Isso mesmo. Cem dólares.
Quando fui à GameStop comprar meu Vita algumas semanas atrás e escutei o quanto me custaria o maior cartão de memória, tudo o que pude fazer foi rir. Cem doletas por um cartão de 32 giganytes? Se não me engano gastei algo em torno de 80 dólares num HD de um terabyte, e agora a Sony quer que eu pague 100 dólares por um cartão que pode conter cerca de 7,000 músicas?
Os cartões de memória do Vita, aliás, são proprietários, o que significa que você está preso com o que a Sony te oferece. Você não pode trocar por um cartão SD padrão, mesmo ele sendo significativamente mais barato.
Esse é o gigantesco valor oculto por trás do Vita, uma compra que transforma uma oferta de 180 dólares num investimento de 280. Essa é também unma das maiores razões pelas quais o novo console da Sony foi recebido tão friamente. É uma manipulação de preço obscena, que irá punir em particular os early adopters em um ou dois anos, quando cartões de memória maiores estiverem ainda mais baratos.
Talvez isso não seria tão irritante se pudéssemos fingir que o Vita não existe. Mas ele existe, e é cheio de potencial: há uma tonelada de joguinhos interessantes no horizonte, como Dragon Fantasy, Tearaway e Soul Sacrifice.
Mas fora esses poucos jogos, o futuro do console da Sony é sem vida. Há poucos jogos que poderiam ter o grande apelo que farias as pessoas sentirem que precisam comprá-los. A lineup do Vita pra 2013 é terrívelmente árida, e mesmo que ela fique mais interessante, não posso deixar de me preocupar com o fato de que a recepção tépida do vita espantou os desenvolvedores. Porque fazer jogos para um sistema que não tem sequer 3 milhões de compradores se você pode desenvolver para o onipresente iPhone, ou PC, ou até mesmo para o 3DS?
Não tenho o hábito de me preocupar com quanto dinheiro a Sony faz, e a não ser que você seja um funcionário ou acionista dela, você também não liga. Mas como um gamer, como um fã do Vita e como alguém que espera poder continuar a jogar coisas interessantes, jogos criativos como Dokuro e Zero Escape: Virtue's Last Reward, eu realmente desejava que a Sony não tivesse estragado o Vita.
Tradução (porca) by me. Resolvi traduzir esse artigo porque ele exprime muito bem algo que eu e outros usuários do fórum já falamos várias vezes: a Sony só não esta fazendo rios de dinheiro com o Vita por pura incompetência e ganância. Ao invés de fazer propaganda de tudo o que é bom, fica brincando de favoritos e só dá atenção a jogos que trazem "experiência de console" ao portátl, mesmo que sejam versões de segunda classe dos irmãos maiores.
Eu falaria mais, mas traduzir esse artigo cansou. =P
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