Essa será a primeira análise que farei usando um novo formato, agora vocês terão a análise tradicional, com os componentes tradicionais de um jogo e uma nota. E o que eu chamei de fator de impacto, que serve para medir o quanto esse jogo impactou o redator, baseado em uma série de perguntas que foram respondidas ao longo do gameplay.
A cena de produção de jogos aqui no Brasil ainda está dando seus primeiros passos, mas isso não quer dizer que não é possível já encontrar obras de nível elevado criadas nas terras tupiniquins. Aritana e A Pena da Harpia é um brilhante exemplo que com um pouco de dedicação é possível aproveitar a extensa e rica cultura de nosso país para criar um bom jogo.
História:
O título de coloca na ação sem muitas explicações, tudo o que sabemos é que alguém importante da tribo está possuído por um espírito maligno e apenas um colar feito com as penas de uma rara ave que vive na montanha pode salva-lo.
Vale notar que tudo isso é passado ao jogador através de pequenas e curtas animações mudas, ou seja, toda a noção de objetivo é transmitida por imagens, nenhuma voz ou caixa de texto te diz o por que de você fazer isso.
O desenvolvimento da história é raso, sendo que pouco é adicionado a ela.
NOTA: 7,0
P: A história possui um papel importante nesse jogo?
R: Não, a história serve apenas para justificar a ação do protagonista, a pena da ave é a princesa no castelo de Aritana.
P: Isso traz algum impacto negativo para o jogador?
R: Nenhum, sendo do gênero plataforma, uma história rasa como essa não causa nenhuma forma de impacto negativo. Mas isso também é uma faca de dois gumes, enquanto não atrapalha o gameplay, essa falta de roteiro diminui a chance do jogo se tornar memorável.
P: A transmissão de conteúdo via imagens funciona?
R: De certa forma foi uma grata surpresa, não enrolar os jogadores com caixas de diálogo ou comentários para uma história tão simples, foi com certeza a melhor opção e na realidade merece respeito, raros são os estúdios que se arriscariam dessa forma.
Impacto: Baixo.
Visuais e Sonoplastia:
Esse é um ponto que merece especial destaque, para todos os efeitos Aritana é um jogo belíssimo. Com cores muito fortes contratando com o ambiente mais opaco, temos uma boa mistura, que ajuda na hora de visualizar os inimigos, assim com as plataformas. O estilo é o chamado 2.5D, em outras palavras temos modelos tridimensionais restritos a um ambiente bidimensional.
Entretanto ele também apresenta seus problemas, um grande exemplo está em algumas áreas que misturam imagens planas de qualidades diversas. Sendo algumas, um tanto quanto mal trabalhadas, pode parecer pouco, mas com gráficos tão bonitos planos de fundo em baixa resolução acabam saltando aos olhos.
Já a parte sonora é um brilho a parte, as músicas são muito bem compostas, muitas vezes misturando ritmos de músicas tradicionais indígenas com partes orquestradas, ditando um tom épico para a aventura. Além disso temos efeitos sonoros que são em sua maioria muito bons, os inimigos fazem barulhos, o protagonista também e algumas partes do ambiente são repletas de efeitos. Porém é notável que alguns objetos simplesmente se destacam de forma demasiada, como as balanças que rangem como um piso velho.
Os visuais são bonitos e praticamente sem falhas, o mesmo pode ser dito da parte sonoro que traz trilhas épicas e efeitos em sua maioria condizentes.
NOTA: 9.0
P: Os visuais e os efeitos sonoros tem papel importante no aproveitamento do jogo?
R: Sim, esses dois fatores são na realidade aqueles que foram melhor trabalho e oferecem uma sensação agradável ao jogador.
P: É notável alguma semelhança ou inspiração?
R: Sim, Aritana puxa grande parte de seus visuais de jogos da franquia Donkey Kong Country e outras cenas e músicas lembram bastante a franquia Zelda. Se eu tivesse que chutar, diria que os desenvolvedores são fãs da Nintendo.
P: Existe uniformidade nas composições?
R: Mais ou menos, as músicas das duas primeiras regiões parecem terem sido feitas em paralelo. Porém a música da terceira região é simplesmente fenomenal, apelando para algo mais orquestrado.
Impacto: Alto.
Mecânica de jogo e Gameplay:
Já se foi a época em que jogos de plataforma eram sinônimo de jogos simples, ainda assim Aritana aposta naqueles jogadores que não fogem de um desafio motor. Isso quer dizer que a mecânica de jogo inteira se baseia na habilidade do jogador de atravessar obstáculos, pensando rápido e movendo seus dedos de acordo com o ritmo imposto pelo jogo.
Temos um direcional para mover o personagem, o outro para atacar e um botão de pulo, ao longo da aventura descobrimos novas habilidades, que devem ser usadas a fim de ultrapassar obstáculos diversos. Também somos apresentados a duas instâncias do protagonista, a de combate e a de agilidade, sendo que essa última é essencial para realização de saltos entre plataformas. Na teoria temos uma mecânica sólida que poderia dar excelentes frutos caso estivesse ligada a um gameplay igualmente sólido.
Em termos de gameplay, Aritana segue a escola Megaman X de ensino. Ou seja, fora a primeira fase, não temos tutoriais ou dicas em parte alguma do jogo, basicamente recebemos uma habilidade e logo em seguida temos um obstáculo que nós faz usa-la. O maior problema disso é que muitas coisas passam despercebidas, eu mesmo só vim descobrir que possuía uma habilidade de defesa após ter derrotado o último chefe do jogo e ter desbloqueado a conquista “Vencer o boss sem usar a habilidade de defesa”.
Outros pontos negativos do gameplay estão na existência de um único chefe que se repete três vezes, Mapinguari, aparece para enfrentar o protagonista três vezes e usa de técnicas semelhantes nesses três encontros, tornando as batalhas bem previsíveis. Ademais temos ligeiros problemas de colisão com alguns modelos e uma arbitrariedade sem tamanho na resolução de problemas, os inimigos só podem ser acertados de um lado e qualquer tentativa de tentar escapar disso, no geral resulta em morte.
Nota: 7.0
P: Os problemas de Gameplay afetam muito a jogatina?
R: Depende do tipo de jogador, os mais "fracos" provavelmente virão a parar de jogar por conta deles, várias vezes eu me peguei dizendo “Mas o que? Como assim?” .
P: O Mapinguari é um boss divertido?
R: Sim, de certa forma ele é muito divertido de se enfrentar, mas por aparecer três vezes acaba ficando muito previsível.
P: Essa arbitrariedade é explicada ao longo do jogo?
R: Resposta curta, não. Resposta mais longa, os inimigos possuem espinhos ou escudos que os protegem de uma dada direção. Porém é comum encontramos inimigos com espinhos em cima, que resistem a ataques laterais, por que eles resistem? Só Tupã sabe.
Impacto: Médio.
Declaração final:
Para todos os efeitos Aritana e A Pena da Harpia é um melhores jogos nacionais disponíveis no mercado. Ao optar por um cultura como a indígena, os desenvolvedores conseguiram se comunicar com todos os jogadores brasileiros ao mesmo tempo que criaram um jogo interessante para os estrangeiros. A forma como a mecânica foi pensada também foi genial, porém os pequenos deslizes e a falta de marketing em cima do título fizeram com que ele ficasse perdido no limbo que é a Steam Store.
Pessoalmente é um jogo que teria se dado melhor em um console, as seções mais hard de plataforma poderiam fazer um bom uso do Gamepad do Wii U ou do touchpad do PS Vita. Em todo caso é um jogo que vale a pena pegar em promoções e que com toda certeza vai agradar os jogadores mais hardcores, em especial os fãs de jogos como Donkey Kong Country.
Nota Final: 7.5
Impacto:Médio.
Site do desenvolvedor:duaik.com
Página na Steam:Steam Store
A cena de produção de jogos aqui no Brasil ainda está dando seus primeiros passos, mas isso não quer dizer que não é possível já encontrar obras de nível elevado criadas nas terras tupiniquins. Aritana e A Pena da Harpia é um brilhante exemplo que com um pouco de dedicação é possível aproveitar a extensa e rica cultura de nosso país para criar um bom jogo.
História:
O título de coloca na ação sem muitas explicações, tudo o que sabemos é que alguém importante da tribo está possuído por um espírito maligno e apenas um colar feito com as penas de uma rara ave que vive na montanha pode salva-lo.
Vale notar que tudo isso é passado ao jogador através de pequenas e curtas animações mudas, ou seja, toda a noção de objetivo é transmitida por imagens, nenhuma voz ou caixa de texto te diz o por que de você fazer isso.
O desenvolvimento da história é raso, sendo que pouco é adicionado a ela.
NOTA: 7,0
P: A história possui um papel importante nesse jogo?
R: Não, a história serve apenas para justificar a ação do protagonista, a pena da ave é a princesa no castelo de Aritana.
P: Isso traz algum impacto negativo para o jogador?
R: Nenhum, sendo do gênero plataforma, uma história rasa como essa não causa nenhuma forma de impacto negativo. Mas isso também é uma faca de dois gumes, enquanto não atrapalha o gameplay, essa falta de roteiro diminui a chance do jogo se tornar memorável.
P: A transmissão de conteúdo via imagens funciona?
R: De certa forma foi uma grata surpresa, não enrolar os jogadores com caixas de diálogo ou comentários para uma história tão simples, foi com certeza a melhor opção e na realidade merece respeito, raros são os estúdios que se arriscariam dessa forma.
Impacto: Baixo.
Visuais e Sonoplastia:
Esse é um ponto que merece especial destaque, para todos os efeitos Aritana é um jogo belíssimo. Com cores muito fortes contratando com o ambiente mais opaco, temos uma boa mistura, que ajuda na hora de visualizar os inimigos, assim com as plataformas. O estilo é o chamado 2.5D, em outras palavras temos modelos tridimensionais restritos a um ambiente bidimensional.
Entretanto ele também apresenta seus problemas, um grande exemplo está em algumas áreas que misturam imagens planas de qualidades diversas. Sendo algumas, um tanto quanto mal trabalhadas, pode parecer pouco, mas com gráficos tão bonitos planos de fundo em baixa resolução acabam saltando aos olhos.
Já a parte sonora é um brilho a parte, as músicas são muito bem compostas, muitas vezes misturando ritmos de músicas tradicionais indígenas com partes orquestradas, ditando um tom épico para a aventura. Além disso temos efeitos sonoros que são em sua maioria muito bons, os inimigos fazem barulhos, o protagonista também e algumas partes do ambiente são repletas de efeitos. Porém é notável que alguns objetos simplesmente se destacam de forma demasiada, como as balanças que rangem como um piso velho.
Os visuais são bonitos e praticamente sem falhas, o mesmo pode ser dito da parte sonoro que traz trilhas épicas e efeitos em sua maioria condizentes.
NOTA: 9.0
P: Os visuais e os efeitos sonoros tem papel importante no aproveitamento do jogo?
R: Sim, esses dois fatores são na realidade aqueles que foram melhor trabalho e oferecem uma sensação agradável ao jogador.
P: É notável alguma semelhança ou inspiração?
R: Sim, Aritana puxa grande parte de seus visuais de jogos da franquia Donkey Kong Country e outras cenas e músicas lembram bastante a franquia Zelda. Se eu tivesse que chutar, diria que os desenvolvedores são fãs da Nintendo.
P: Existe uniformidade nas composições?
R: Mais ou menos, as músicas das duas primeiras regiões parecem terem sido feitas em paralelo. Porém a música da terceira região é simplesmente fenomenal, apelando para algo mais orquestrado.
Impacto: Alto.
Mecânica de jogo e Gameplay:
Já se foi a época em que jogos de plataforma eram sinônimo de jogos simples, ainda assim Aritana aposta naqueles jogadores que não fogem de um desafio motor. Isso quer dizer que a mecânica de jogo inteira se baseia na habilidade do jogador de atravessar obstáculos, pensando rápido e movendo seus dedos de acordo com o ritmo imposto pelo jogo.
Temos um direcional para mover o personagem, o outro para atacar e um botão de pulo, ao longo da aventura descobrimos novas habilidades, que devem ser usadas a fim de ultrapassar obstáculos diversos. Também somos apresentados a duas instâncias do protagonista, a de combate e a de agilidade, sendo que essa última é essencial para realização de saltos entre plataformas. Na teoria temos uma mecânica sólida que poderia dar excelentes frutos caso estivesse ligada a um gameplay igualmente sólido.
Em termos de gameplay, Aritana segue a escola Megaman X de ensino. Ou seja, fora a primeira fase, não temos tutoriais ou dicas em parte alguma do jogo, basicamente recebemos uma habilidade e logo em seguida temos um obstáculo que nós faz usa-la. O maior problema disso é que muitas coisas passam despercebidas, eu mesmo só vim descobrir que possuía uma habilidade de defesa após ter derrotado o último chefe do jogo e ter desbloqueado a conquista “Vencer o boss sem usar a habilidade de defesa”.
Outros pontos negativos do gameplay estão na existência de um único chefe que se repete três vezes, Mapinguari, aparece para enfrentar o protagonista três vezes e usa de técnicas semelhantes nesses três encontros, tornando as batalhas bem previsíveis. Ademais temos ligeiros problemas de colisão com alguns modelos e uma arbitrariedade sem tamanho na resolução de problemas, os inimigos só podem ser acertados de um lado e qualquer tentativa de tentar escapar disso, no geral resulta em morte.
Nota: 7.0
P: Os problemas de Gameplay afetam muito a jogatina?
R: Depende do tipo de jogador, os mais "fracos" provavelmente virão a parar de jogar por conta deles, várias vezes eu me peguei dizendo “Mas o que? Como assim?” .
P: O Mapinguari é um boss divertido?
R: Sim, de certa forma ele é muito divertido de se enfrentar, mas por aparecer três vezes acaba ficando muito previsível.
P: Essa arbitrariedade é explicada ao longo do jogo?
R: Resposta curta, não. Resposta mais longa, os inimigos possuem espinhos ou escudos que os protegem de uma dada direção. Porém é comum encontramos inimigos com espinhos em cima, que resistem a ataques laterais, por que eles resistem? Só Tupã sabe.
Impacto: Médio.
Declaração final:
Para todos os efeitos Aritana e A Pena da Harpia é um melhores jogos nacionais disponíveis no mercado. Ao optar por um cultura como a indígena, os desenvolvedores conseguiram se comunicar com todos os jogadores brasileiros ao mesmo tempo que criaram um jogo interessante para os estrangeiros. A forma como a mecânica foi pensada também foi genial, porém os pequenos deslizes e a falta de marketing em cima do título fizeram com que ele ficasse perdido no limbo que é a Steam Store.
Pessoalmente é um jogo que teria se dado melhor em um console, as seções mais hard de plataforma poderiam fazer um bom uso do Gamepad do Wii U ou do touchpad do PS Vita. Em todo caso é um jogo que vale a pena pegar em promoções e que com toda certeza vai agradar os jogadores mais hardcores, em especial os fãs de jogos como Donkey Kong Country.
Nota Final: 7.5
Impacto:Médio.
Site do desenvolvedor:duaik.com
Página na Steam:Steam Store
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