http://www.kotaku.com.br/sony-e3-2013-usados-publishers/
Enquanto a Sony aproveitava de uma saudável salva de elogios nas mídias sociais – e alguns GIFs honestamente hilários em sua homenagem –, Jack Tretton deu uma entrevista para Geoff Keighley, do Game Trailers, dando algumas más notícias.
Apesar de serem ovacionados no palco ontem à noite (10),
os executivos da Sony estavam apenas contando uma meia verdade quando
anunciaram que o PlayStation 4 tinha “suporte para jogos usados”.
De fato, os jogos feitos internamente pelos estúdios da empresa podem
ser trocados e vendidos como o dono original bem entender, assim como
foi explicado naquele maravilhoso vídeo estrelado pelos executivos da Sony.
Mas aí está a sacada: games feitos por outros estúdios podem muito bem
impor as restrições que lhe derem na telha para controlar a propriedade
dos seus projetos.
“Nós criamos a plataforma. Com certeza, afirmamos que nossos jogos
feitos internamente não terão [algum tipo de restrição]“, disse Tretton.
“Mas nós acolhemos as publishers e seus modelos de negócios na nossa
plataforma. Teremos free-to-play; teremos todo tipo de modelo comercial
em potencial ali e, novamente, isso depende da relação das publishers
com o seu consumidor, e no que acreditam ser ideal para elas. Então, não
vamos interferir nessa questão. Vamos dar a elas uma plataforma para
publicar seus games.”
Essa resposta é notavelmente distante do discurso libertário e
redentor vociferado pelo executivo na noite anterior – pelo menos, em
parte. Potencialmente, a medida não é muito distante do que a Microsoft
também está propondo com o Xbox One. Se essa política depender das
produtoras, o que as impediria de impor um controle sobre a propriedade
dos seus jogos? Ou mesmo aplicar uma taxa, ou restringir a troca entre
pessoas?
Mais uma vez, a Sony está apenas usando uma estratégia de marketing
onde apresenta um produto melhor que o seu concorrente, mas que não seja
exatamente tão perfeito quanto seus ávidos defensores gostam de pintar.
Claro, o fato de que o PlayStation 4 não vai precisar se conectar com
os servidores da empresa uma vez por dia e a suposta liberdade de
região do console são ótimas decisões da Sony e, se forem aplicadas como
estão sendo descritas, devem ser devidamente elogiadas. No entanto,
jogar a questão dos games usados nas mãos da publishers acaba sendo
apenas uma solução ligeiramente melhor que a da Microsoft (que está
alienando a imprensa e sua base consumidora com falta de explicações),
mas está longe de ser ideal.
Esperando pela lenda
Na mesma entrevista, Jack Tretton ainda teve que responder uma difícil pergunta sobre o tão esperado The Last Guardian, a continuação espiritual de Ico e Shadow of the Colossus que foi anunciado pela Sony em 2009 para o PS3 e, desde então, sumiu.
“O jogo está em hiato”, disse Tretton. Hiato? Sim, é tipo quando
aquela banda das antigas decide dar um tempo para cuidar de outras
coisas da vida. Em outras palavras, o desenvolvimento de TLG está pausado indefinidamente.
Shuhei Yoshida, presidente da SCEA, estava fora da entrevista do Game Trailers, mas rapidamente desmentiu Tretton para os jornalistas do Kotaku US,
dizendo que não tem nada dessa história de hiato. “Esse termo ‘hiato’ –
não sou nativo na língua inglesa –, mas é um termo confuso”, disse
Yoshida. “O jogo está em pleno desenvolvimento. [Lead designer Fumito]
Ueda-san compartilhou atualizações do jogo há alguns meses. Nada mudou.
Minha resposta é, ‘Sim, o jogo está sendo desenvolvido’. Não está em
hiato. Mas não estamos prontos para re-apresentá-lo agora. Quando
estivermos, vamos mostrar. Por favor, espere.”
O diz-não-diz não ajuda muito a desmentir os rumores de que o projeto
realmente foi cancelado ou radicalmente modificado – certamente, a essa
altura do campeonato, para o PS3 não vai sair. Pelo contrário: tudo o
que temos é mais desinformação e confusão. Mais papo de relações
públicas e menos discurso heróico. E continuamos esperando.
Por mais que a Sony tenha dado ótimas notícias na sua conferência
pré-E3 2013 ontem, o que foi mantido em silêncio acaba sendo uma mancha
de desconfiança no meio de tantas juras de amor.
Enquanto a Sony aproveitava de uma saudável salva de elogios nas mídias sociais – e alguns GIFs honestamente hilários em sua homenagem –, Jack Tretton deu uma entrevista para Geoff Keighley, do Game Trailers, dando algumas más notícias.
Apesar de serem ovacionados no palco ontem à noite (10),
os executivos da Sony estavam apenas contando uma meia verdade quando
anunciaram que o PlayStation 4 tinha “suporte para jogos usados”.
De fato, os jogos feitos internamente pelos estúdios da empresa podem
ser trocados e vendidos como o dono original bem entender, assim como
foi explicado naquele maravilhoso vídeo estrelado pelos executivos da Sony.
Mas aí está a sacada: games feitos por outros estúdios podem muito bem
impor as restrições que lhe derem na telha para controlar a propriedade
dos seus projetos.
“Nós criamos a plataforma. Com certeza, afirmamos que nossos jogos
feitos internamente não terão [algum tipo de restrição]“, disse Tretton.
“Mas nós acolhemos as publishers e seus modelos de negócios na nossa
plataforma. Teremos free-to-play; teremos todo tipo de modelo comercial
em potencial ali e, novamente, isso depende da relação das publishers
com o seu consumidor, e no que acreditam ser ideal para elas. Então, não
vamos interferir nessa questão. Vamos dar a elas uma plataforma para
publicar seus games.”
Essa resposta é notavelmente distante do discurso libertário e
redentor vociferado pelo executivo na noite anterior – pelo menos, em
parte. Potencialmente, a medida não é muito distante do que a Microsoft
também está propondo com o Xbox One. Se essa política depender das
produtoras, o que as impediria de impor um controle sobre a propriedade
dos seus jogos? Ou mesmo aplicar uma taxa, ou restringir a troca entre
pessoas?
Mais uma vez, a Sony está apenas usando uma estratégia de marketing
onde apresenta um produto melhor que o seu concorrente, mas que não seja
exatamente tão perfeito quanto seus ávidos defensores gostam de pintar.
Claro, o fato de que o PlayStation 4 não vai precisar se conectar com
os servidores da empresa uma vez por dia e a suposta liberdade de
região do console são ótimas decisões da Sony e, se forem aplicadas como
estão sendo descritas, devem ser devidamente elogiadas. No entanto,
jogar a questão dos games usados nas mãos da publishers acaba sendo
apenas uma solução ligeiramente melhor que a da Microsoft (que está
alienando a imprensa e sua base consumidora com falta de explicações),
mas está longe de ser ideal.
Esperando pela lenda
Na mesma entrevista, Jack Tretton ainda teve que responder uma difícil pergunta sobre o tão esperado The Last Guardian, a continuação espiritual de Ico e Shadow of the Colossus que foi anunciado pela Sony em 2009 para o PS3 e, desde então, sumiu.
“O jogo está em hiato”, disse Tretton. Hiato? Sim, é tipo quando
aquela banda das antigas decide dar um tempo para cuidar de outras
coisas da vida. Em outras palavras, o desenvolvimento de TLG está pausado indefinidamente.
Shuhei Yoshida, presidente da SCEA, estava fora da entrevista do Game Trailers, mas rapidamente desmentiu Tretton para os jornalistas do Kotaku US,
dizendo que não tem nada dessa história de hiato. “Esse termo ‘hiato’ –
não sou nativo na língua inglesa –, mas é um termo confuso”, disse
Yoshida. “O jogo está em pleno desenvolvimento. [Lead designer Fumito]
Ueda-san compartilhou atualizações do jogo há alguns meses. Nada mudou.
Minha resposta é, ‘Sim, o jogo está sendo desenvolvido’. Não está em
hiato. Mas não estamos prontos para re-apresentá-lo agora. Quando
estivermos, vamos mostrar. Por favor, espere.”
O diz-não-diz não ajuda muito a desmentir os rumores de que o projeto
realmente foi cancelado ou radicalmente modificado – certamente, a essa
altura do campeonato, para o PS3 não vai sair. Pelo contrário: tudo o
que temos é mais desinformação e confusão. Mais papo de relações
públicas e menos discurso heróico. E continuamos esperando.
Por mais que a Sony tenha dado ótimas notícias na sua conferência
pré-E3 2013 ontem, o que foi mantido em silêncio acaba sendo uma mancha
de desconfiança no meio de tantas juras de amor.
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